quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Quem já estava cursando pra formar em RP, também perderá essa possibilidade?

Saiu no jornal Hoje em Dia de hoje. Caderno Minas, Página 20.
Detalhe para a última frase, em destaque (grifo nosso).

Habilitações para cursos em risco
Os alunos que prestarem vestibular para o curso de Comunicação Social da UFMG neste ano podem já não contar com a possibilidade das habilitações para os cursos de Relações Públicas e Rádio e TV. Isso porque, desde meados do ano passado, a direção do próprio curso vem estudando a possibilidade de extinguir as habilitações. Assim, os candidatos aprovados em Comunicação, que foi o segundo mais procurado nos dois anos anteriores, com 23,9 candidatos para cada uma das 50 vagas, poderão sair dos portões da instituição com os diplomas de Publicidade e Propaganda ou Jornalismo.
Segundo o pró-reitor de graduação, Mauro Braga, a iniciativa partiu da própria coordenação do curso. Os argumentos principais seriam a mudança do currículo, que nos próximos anos deve partir para a formação de profissionais mais multidisciplinares, e a baixa procura dos alunos pelas opções.
A extinção das habilitações foi aprovada em março pela Congregação da Fafich, órgão que reúne professores e coordenadores da faculdade, e deve ser avaliada ainda em agosto pela Câmara de Graduação, integrada representantes dos diversos cursos de graduação. Se aprovada, vai em outubro para discussão no Conselho de Extensão e Pesquisa, órgão máximo das decisões pedagógicas da UFMG. "Já temos um parecer positivo da própria faculdade, que é um sinal forte, mas só poderemos ter uma decisão definitiva depois das discussões, levando em conta todos os aspectos possíveis”, afirma.
Ainda de acordo com Mauro Braga, mesmo que a decisão seja tomada em 2008, os alunos que entram no próximo ano podem não ter as opções. "O currículo do curso conta tradicionalmente com uma grade curricular que vai sendo preenchida pelos alunos. Assim, é muito possível que aqueles estudantes que entrem agora OU MESMO OS QUE JÁ ESTÃO CURSANDO não possam sair com seus diplomas nas matérias que serão extintas”, destaca.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Processo em análise

Continuamos acompanhando o movimento, e aguardando as próximas decisões.

Atualmente o processo de suspensão está nas mãos da parecerista da Câmara de Graduação. Esperamos que fique claro a ela e todos os envolvidos que os argumentos para o fim da habilitação não fazem sentido, e nem é esta uma solução suficiente para qualquer questão.

E é muito importante lembrar mais uma vez que não adianta um parecer a favor da manutenção do curso se todos não se movimentarem APÓS esta decisão no sentido de promover melhoras: contratação de mais professores de RP, desenvolvimento de laboratórios e dedicação a esta habilitação pela coordenação do curso.

A forma como a habilitação de RP na UFMG vem sendo tratada nos últimos anos, e em especial nos últimos meses, mostra que, mesmo ocorrendo a decisão de que seja mantida, logo o curso deixará de existir por outras vias se ninguém fizer algo para que ele receba algum tipo de investimento.

Vamos deixar isso acontecer?

sábado, 23 de junho de 2007

Reunião geral sobre o ENAD

O Coordenador do colegiado, Sr. Bruno Leal, convocou alunos e professores para uma reunião geral que será realizada no dia 26 de junho, terça-feira, às 11h30, no Auditório Sônia Viegas (Auditório da Letras), para discutir sobre a avaliação do curso de Comunicação Social da UFMG.

Vamos encher o auditório e participar do debate!

E lembrem-se que no dia 28 acontece o Fórum Nacional pela Qualificação do Ensino de Comunicação, em Brasília, promovido pelo Conferp e pela FENAJ. Vamos acompanhar de perto o que está sendo discutido sobre a qualidade de nosso ensino!

sexta-feira, 1 de junho de 2007

RP na UFMG em 1º lugar no ENADE!

Enquanto o colegiado do curso de Comunicação Social da UFMG pensa em suspender a habilitação de Relações Públicas por considerá-la precária, a avaliação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), divulgada no último dia 31 de maio, comprova a qualidade desta habilitação na universidade, a única instituição pública a oferecê-la em MG.

Segundo a Assessoria de Comunicação do INEP, o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE) de 2006 foi aplicado no dia 12 de novembro, em 2.081 locais de prova, distribuídos por 871 municípios, de todos os estados e do Distrito Federal. Participaram do Exame alunos ingressantes e concluintes, num total de 386.524 (211.837 ingressantes e 174.687 concluintes), pertencentes a 5.701 cursos, de 1.600 instituições de ensino superior.

Na área de Comunicação Social foram avaliados 791 cursos, sendo 92 cursos de Relações Públicas. A UFMG destacou-se em todos os pontos avaliados nesta habilitação, obtendo o 4º melhor desempenho na prova de conhecimentos gerais, e o 1º lugar em conhecimentos específicos de RP e de toda a Comunicação Social (incluindo todas as habilitações). Também é da UFMG o 1º lugar no desempenho geral dos cursos de RP no país.

Os dados do INEP – autarquia vinculada ao Ministério da Educação (MEC) – vão no sentido contrário dos argumentos que o Colegiado de Comunicação da UFMG usa para justificar a suspensão da habilitação. Já foi dito pelo órgão administrativo do curso, por exemplo, que é esta habilitação que gera avaliações ruins do curso de Comunicação Social na universidade.

Os alunos da UFMG criaram um blog da Campanha "RP na UFMG: eu digo SIM!", para mobilizar a sociedade e tentar evitar a suspensão do curso. Diversos grupos e entidades, entre eles o Conselho Regional de Relações Públicas (CONRERP) e a Associação Brasileira de Relações Públicas (ABRP), aderiram à causa e contribuem com a mobilização. A intenção é tentar manter o ensino de Relações Públicas na única universidade pública que o oferece no estado de MG, com qualidade comprovada.


Confira mais alguns dados a respeito da avaliação:

- A média de desempenho dos estudantes concluintes (no fim do curso) de Relações Públicas na formação geral foi de 49,2 em todo o Brasil. Na UFMG, foi de 59,7, ficando abaixo apenas do Centro Universitário Univates (Lajeado/RS – 69,5), da Universidade Estadual de Londrina (PR – 62,6), e Universidade Estadual da Bahia (Salvador/BA – 62,5).
- A média de desempenho dos estudantes concluintes (no fim do curso) de Relações Públicas na prova de conhecimento específico foi de 65,0. Foi a maior média nessa prova não só no curso de Relações Públicas, mas entre todos os cursos de Comunicação Social, que incluem ainda Radialismo, Publicidade e Propaganda, Jornalismo, Editoração e Cinema.
- Ao contrário do que afirma o Colegiado do curso da UFMG portanto, a formação de conhecimentos específicos em Relações Públicas nessa universidade é suficiente e ganha mais destaque do que a formação geral.
- O curso de RP na UFMG obteve a melhor média geral de avaliação entre todos os cursos de Relações Públicas e a 3ª melhor média em toda a comunicação social (63,7), ficando abaixo apenas do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (Florianópolis/SC – 65,6) e de Publicidade do Instituto de Ensino Superior de Divinópolis (Divinópolis/MG – 63,8).
- Em praticamente todas as avaliações as universidades particulares obtiveram melhores médias do que as públicas nos cursos de comunicação social. Porém, o Curso de RP na UFMG, como se observa, está acima de todas as médias e entre os melhores avaliados. É, portanto, um curso oferecido por uma universidade pública que se destaca pela sua qualidade. Sua suspensão acabaria com a oportunidade de muitos estudantes em MG, pois é o único curso de RP numa universidade pública neste estado.
- Segundo o Colegiado do curso da UFMG, em entrevista recente para o jornal mural do curso, as habilitações de Jornalismo e de Publicidade são mais "robustas" e a de Relações Públicas não teria fôlego para ser uma habilitação. Em outra entrevista, para o jornal O Tempo, no dia 04 de maio, afirma que a habilitação de Relações Públicas é muito deficiente na UFMG e que em função dela o curso sempre perde pontos na avaliação do MEC. As habilitações de Jornalismo e de Publicidade e Propaganda da UFMG, porém, aparecem distantes dos primeiros lugares nas listas divulgadas pelo INEP, autarquia ligada ao MEC.


Fontes de dados:
- Site do Enade 2006
http://enade2006.inep.gov.br/
- Tabela Geral do Enade 2006:
http://download.uol.com.br//educacao/Enade2006_tabelageral.pdf
- Maiores médias do Enade
http://download.uol.com.br//vestibular/outros/cursos_maiores_medias_enade2006.xls
- Site do INEP:
http://www.inep.gov.br/

terça-feira, 29 de maio de 2007

Resposta do CONRERP 3ª Região à entrevista publicada no Jornal Mural da UFMG

Prezados Pró-Reitor de Graduação da UFMG Prof. Mauro Mendes Braga, Diretor da Fafich Prof. João Pinto Furtado, comunidade profissional e alunos de Relações Públicas,


Diante das declarações do Coordenador do curso de Comunicação Social da UFMG, Sr. Bruno Leal, ao Jornal Mural de autoria dos alunos do curso, aos quais desde já parabenizamos pelo trabalho apresentado, gostaríamos de esclarecer algumas informações.

A fala do Sr. Coordenador deixou claro o desconhecimento do Colegiado a respeito do papel, das funções e da atuação do Conselho Regional dos Profissionais de Relações Públicas (CONRERP).

Lembramos a todos, repetindo o que já foi dito tanto por este Conselho em outras ocasiões quanto pelo Colegiado na referida entrevista, que o CONRERP nunca obteve uma só linha de esclarecimento em resposta aos Ofícios de Fiscalização enviados desde 2005. Tais ofícios – documentos aliás de natureza muito diferentes de "cartas", como foram chamados pelo representante do Colegiado - foram simplesmente ignorados. Se havia, por parte do Colegiado, alguma impressão de atuação indevida do CONRERP, este por sua vez nunca foi convidado a um diálogo para o entendimento, nem recebeu qualquer informação ou posicionamento.

O Sr. Coordenador afirma que o "CONRERP é um sindicato, não é órgão fiscalizador de Universidade, o órgão fiscalizador da universidade é o MEC ou a vida social".

Equivocado o posicionamento do Sr. Coordenador, conforme será a seguir demonstrado. O CONRERP, ao contrário do entendimento do Sr. Coordenador, não é uma "Associação prevista na legislação brasileira para representação de categoria profissional ou econômica", é sim uma Autarquia Federal dotada de administração autônoma que fiscaliza, orienta, e regulamenta a atividade de Relações Públicas. Portanto é uma autoridade instituída pelos poderes de nosso país. Em outros termos, ele é responsável pela garantia da vigência da lei que regulamenta a profissão, e o faz a partir da fiscalização da prática profissional.

Dentro da legislação que rege o CONRERP, especificamente o Decreto nº 63.283/68, que aprova o regulamento da profissão de Relações Públicas de que trata a lei 5377/67, destacamos o seguinte:

"Art 3º - A profissão de Relações Públicas, observadas as condições previstas neste Regulamento, poderá ser exercida, como atividade liberal assalariada ou de magistério, nas entidades de direito público ou privado, tendo por fim o estudo ou aplicação de técnicas de política social destinada à intercomunicação de indivíduos, instituições ou coletividade." (grifo nosso)

"Art 4º Consideram-se atividades específicas de Relações Públicas as que dizem respeito:
(...)
g) ao ensino de disciplinas específicas ou de técnicas de Relações Públicas, oficialmente estabelecido."


Ao contrário do que afirma o coordenador do colegiado, o CONRERP sabe perfeitamente quais dados precisa solicitar à UFMG nos ofícios enviados. São dados simples, objetivos e bem delimitados nos pedidos, e sobre os quais a estrutura do curso na UFMG ou em qualquer outra instituição não exerce influência.

Ficamos apreensivos com as declarações dadas pelo coordenador do Colegiado no que diz respeito às avaliações negativas feitas pelos MEC e à baixa procura de alunos pela habilitação, argumentos já rebatidos em diversos momentos principalmente pelos próprios alunos que diariamente acompanham e participam da realidade do curso.

Temos conhecimento que o boicote dos alunos de jornalismo à prova imposta pelo MEC foi um dos principais fatores para a má para avaliação do curso recentemente, e por isso consideramos impróprio esse argumento para a discussão sobre a suspensão do Curso de Relações Públicas como forma de resolver este problema. Quanto à baixa participação dos alunos, foi protocolado e entregue ao Pró-Reitor de Graduação Dr. Mauro Mendes abaixo-assinado com o nome de 260 alunos contrários à suspensão do curso. Também profissionais e estudantes de todo o país têm se mobilizado e se manifestado publicamente no mesmo sentido.

Diante disso, se o Colegiado não legitima a participação do CONRERP no processo, pensamos que pelo menos a "vida social" narrada na entrevista, a qual tem o papel de fiscalizadora da universidade, esteja representada de alguma forma. Mesmo assim, da maneira como foi elaborada a proposta de suspensão da habilitação, nos faz crer que no mínimo, não se ouviu a comunidade e sociedade, ENTES absolutamente interessados, portanto entendemos não ter legitimidade.

Ficamos tristes também em sentir na entrevista a desvalorização da qualidade da formação daqueles que estão cursando ou acabaram de se graduar no curso, bem como dos profissionais que lecionam na graduação.

Ainda, ao contrário do que o Coordenador do Colegiado afirma, a UFMG tem sim um curso de Relações Públicas, com seus respectivos professores. A legislação da profissão, na qual o Conselho baseia sua fiscalização, não diferencia a formação em "cursos de Relações Públicas" da formação em "cursos de Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas", e o tipo de informação solicitada independe da estrutura do curso. Mais uma vez, a discordância com as solicitações dos Ofícios de Fiscalização somente vem a agravar a questão da completa ausência de retorno sobre os mesmos, que deveriam ser esclarecidos e não ignorados.

Por fim, o Colegiado mostra-se equivocado ao afirmar que o CONRERP "não tem capacidade de falar da perspectiva do curso de graduação" por não ter" formação para isso". Os Conselheiros são todos graduados em Relações Públicas, e inclusive entre eles há graduados recentes pela UFMG. Também nas últimas gestões sempre fizeram parte do quadro de Conselheiros, tanto no Conselho Regional quanto no Federal, profissionais graduados em Relações Públicas pela UFMG, incluindo aí Mestres e professores dessa universidade que ali lecionavam na mesma época, que sempre mantiveram interesse sobre a situação do curso, e que ainda mantêm contato com o Conselho e com diversas outras entidades que tratam do ensino das Relações Públicas.

Não é, nem nunca foi, intenção do CONRERP interferir na estrutura da universidade de qualquer maneira que vá além da nossa competência e possibilidade, tendo em vista a abertura ampla que uma instituição pública deveria ter ao debate e participação dos segmentos da sociedade interessados.

Esta manifestação tem por objetivo não só esclarecer, mas sensibilizar que a manutenção do Curso de Relações Públicas deve acontecer pelos meios certos. E não como vem acontecendo de ser justificada sua suspensão pelos motivos errados.

Att,

Diretoria Executiva do CONRERP 3ª Região


Para compreensão do contexto, segue abaixo, na íntegra, a entrevista do Sr. Bruno Leal divulgada no Jornal Mural, publicação dos alunos do curso de Comunicação Social da UFMG.


Por que suspender Relações Públicas

Na edição passada o Jornal Mural publicou entrevista com o Presidente do Conselho Regional de Relações Públicas (CONRERP) sobre a proposta do Colegiado de Comunicação Social de suspender a habilitação de Relações Públicas na UFMG. Essa semana o jornal Mural entrevistou o coordenador do curso de Comunicação Social, Bruno Leal, sobre a mesma questão.

Jornal Mural: Qual a justificativa para a suspensão da habilitação de Relações Públicas do curso de Comunicação Social da UFMG?

Bruno Leal: Primeiro deve-se verificar que não há habilitação em RP e RTV. Das quatro habilitações, só duas têm peso, carga horária, número de alunos etc, para justificar uma habilitação. As outras duas, RP e RTV, só existem formalmente, são precárias. Temos duas habilitações robustas e duas que se transformaram, na verdade, em áreas de formação para as duas primeiras. Não queremos acabar com duas habilitações, estamos só formalizando a inexistência delas.

Não faz sentido manter essa situação por custo de avaliação interna e externa. Qualquer avaliação externa do curso é ruim. Nós somos sistematicamente mal avaliados pelo MEC e ele quer ver quatro habilitações muito bem estruturadas, com todo o direito, mas isso não existe aqui.

Isso gera um ciclo vicioso. Há 20 anos não temos um número significativo de alunos formando em RP, historicamente é uma habilitação sem demanda. O MEC, os alunos e a reitoria cobram porque só se vêem fragilidades. Mas existe uma formação muito boa no curso, entretanto ela é muito boa nas outras habilitações, não em RP e RTV. RP não tem folgo para ser uma habilitação, mas é uma área de formação muito boa.

JM- Segundo o Presidente do CONRERP, Valdeci Ferreira, desde março de 2005 o colegiado de Comunicação não retorna os contatos da instituição. Por que não houve esse retorno?

BL- Na verdade, acho que não é desde 2005, acho que é desde nunca. Porque o CONRERP mandava uma carta para o Colegiado querendo saber sobre os professores do curso de RP. Não tem. Então, primeiro, o CONRERP, na verdade, não conhece e não procura saber sobre o curso de Comunicação da UFMG, o que faz é mandar uma carta, uma carta que inclusive pede dados inadequados à realidade do curso. E segundo, o CONRERP é um sindicato, não é órgão fiscalizador de universidade, o órgão fiscalizador da universidade é o MEC ou a vida social. Mesmo que, como uma colaboração, o colegiado quisesse mostrar os dados do curso pra CONRERP, os dados que eles pedem não existem porque eles não sabem o que pedir aqui. O CONRERP está no direito de reclamar da suspensão de RP, ele é o órgão defensor de uma classe. Mas ele, primeiro, não tem capacidade de falar da perspectiva do curso de graduação, eles não têm formação pra isso. Segundo, eles não têm meios políticos, econômicos, etc. de interferir na estrutura da universidade.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Trabalhos de RP da UFMG premiados no EXPOCOM

A Expocom Sudeste aconteceu este ano em Juiz de Fora, entre os dias 16 e 18 de maio, e premiou os melhores trabalhos de graduação dos cursos de comunicação social da região sudeste. Ela é ligada à Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação - Intercom, uma das mais respeitadas associações da área no Brasil.

No dia 18 de maio foram anunciados os vencedores da Expocom, e destacamos os trabalhos de RP da UFMG, que participaram e conquistaram duas excelentes posições:

MODALIDADE: Projeto de Assessoria de Comunicação
1º LUGAR: Planejamento de Comunicação no Terceiro Setor, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte

MODALIDADE: Projeto Experimental Empresarial
2º LUGAR: Projeto Trem da Vale: Uma análise do relacionamento com os guias de turismo de Ouro Preto, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte


Vale lembrar que os trabalhos passam por uma série de etapas de classificação, e esta premiação indica uma excelente qualidade na produção.

O Curso de RP na UFMG ensina, forma e forma bem. Tem qualidade e conteúdo, comprovados constantemente, seja pelas premiações, pelos trabalhos desenvolvidos dentro da própria instituição ou inclusive pelo perfil dos egressos. Os argumentos apresentados para sua suspensão até hoje não foram convincentes, e esperamos que todo esse processo se dê de forma justa!

RP na UFMG: eu digo SIM!

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Em defesa da habilitação em Relações Públicas

O artigo abaixo foi publicado no Boletim da UFMG, o informativo da universidade. Para acessar o original clique no link http://www.ufmg.br/boletim/bol1577/segunda.shtml
Em defesa da habilitação em Relações Públicas
André Luiz de Oliveira Macedo*

Relações Públicas: “esforço deliberado, planificado, coeso e contínuo da alta administração, para esta-belecer e manter uma compreensão mútua entre uma organização, pública ou privada, e seu pessoal, assim como entre essa organização e todos os grupos aos quais está ligada, direta ou indiretamente”.
Esta é a definição de uma das habilitações ofertadas pelo curso de graduação em Comunicação Social da UFMG. Apesar de sua importância, expressa no verbete acima, comissão formada, em agosto de 2006, por três professores e uma aluna apresentou proposta de sua suspensão, após analisar como ela se organizava. O documento foi apreciado e acatado no Departamento de Comunicação Social e, posteriormente, na Congregação da Fafich. O processo agora tramita na Pró- Reitoria de Graduação.
O relatório apresentado pela comissão expôs, dentre outros fatores, que a habilitação, da forma como é estruturada hoje, depende muito das atividades ofertadas pelas habilitações de Publicidade e Propaganda e Jornalismo e que muitos alunos a buscam como segunda habilitação, após a formação em Publicidade ou Jornalismo. Nesse sentido, a continuidade de estudos não constitui nova formação, mas aprimoramento da habilitação concluída e obtenção de novo diploma.
Os alunos que, à época do relatório já se encontravam mobilizados, hoje se organizam em redes nacionais formadas por profissionais, professores, pesquisadores e entidades que representam a classe, para defender a manutenção da habilitação de Relações Públicas na UFMG.
E por que os discentes se mobilizam e defendem tanto uma habilitação com tão baixa procura? Cerca de 10% dos formandos optam por Relações Públicas. A UFMG é uma universidade pública e, como tal, tem o dever de “devolver” à sociedade tudo aquilo que ela investe por meio de impostos e encargos. E o próprio Estatuto da UFMG diz que “a Universidade constitui-se veículo de desenvolvimento regional, nacional e internacional”.
É neste contexto que as atividades de extensão universitária estão inseridas. Elas têm por meta a interação da universidade com a sociedade, estabelecendo vínculos efetivos com movimentos, demandas e políticas dos diferentes setores sociais. As Relações Públicas, principalmente na UFMG, inserem-se nesse relacionamento com as demandas sociais da população. Três dos maiores programas de extensão da Universidade – Manuelzão, Pólos de Cidadania e Pólo de Integração da UFMG no Vale do Jequitinhonha – envolvem alunos desta área (ou já envolveram, em algum momento) em atividades de promoção socioambiental, inclusão social, emancipação de sujeitos e desenvolvimento regional.
Não faltam motivos para defender a permanência desta habilitação em nossa elenco de graduações. A UFMG é a única instituição pública de ensino superior de Minas Gerais a ofertar o diploma de Relações Públicas. Além disso, a área é reconhecida em várias instâncias de pesquisa e profissionais. Na Capes, por exemplo, as Relações Públicas se enquadram como subárea das Ciências Sociais Aplicadas. A área também tem espaço na Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom), no Núcleo de Pesquisa Relações Públicas e Comunicação Organizacional, além de estar diretamente relacionada aos Núcleos de Pesquisa (NPs) de Políticas e Estratégia de Comunicação e de Comunicação para a Cidadania.
Outra importante instância é a Associação Brasileira de Pesquisadores de Comunicação Organizacional e Relações Públicas (ABRAPCORP), presidida por Margarida Kunsch, expoente maior da pesquisa acadêmica em Relações Públicas e Comunicação Organizacional do país, e que foi fundada em maio de 2006, tendo como elaboradores do estatuto, dentre outros pesquisadores, os professores Maria do Carmo Reis e Márcio Simeone Henriques, da Fafich. A Associação busca promover o intercâmbio entre a academia e mercado e valorizar as atividades das duas áreas – Relações Públicas e Comunicação Organizacional – no ambiente acadêmico e profissional.
Os defensores da suspensão da habilitação propõem a criação de ênfases que norteariam o curso de Comunicação. Dessa forma, poderiam formar jornalistas ou publicitários que dominassem o campo das Relações Públicas, caso esta fosse uma das ênfases escolhidas pelo aluno. Todavia, é importante dizer que qualquer comunicólogo “com os conhecimentos específicos” que exerça a profissão de RP e que não seja diplomado está sujeito às sanções legais previstas no Decreto-Lei 3688/41, art. 47. Isso ocorre porque, dentre as quatro habilitações ofertadas pela Universidade (as outras são Publicidade e Propaganda, Jornalismo e Rádio e TV), Relações Públicas é a única regulamentada por Lei Federal e que conta com conselhos Federal e Regional.
Quanto aos argumentos apresentados no relatório da comissão citada anteriormente, acreditamos que a estrutura de um curso flexibilizado deve expandir possibilidades de experimentação dentro de cada área de formação/habilitação e não restringi-las. Se hoje a habilitação em RP é dependente das outras duas habilitações, por que não fortalecê-la em vez de suspendê- la? Por que não investir em professores e laboratórios?
São por esses motivos que nós, estudantes, nos posicionamos contra a suspensão desta habilitação. Requeremos junto às instâncias da UFMG a realização de debate que nos ajude a traçar diretrizes para a construção de um curso com a excelência característica da UFMG. Suprimir a habilitação de Relações Públicas é sinônimo de regressão. Precisamos expandir horizontes, abrir portas e crescer.
*Estudante do quinto período de Comunicação Social da Fafich