sábado, 28 de abril de 2007

Blogs de RP divulgam a campanha

Blogs bem conhecidos no meio das Relações Públicas estão apoiando a campanha pela manutenção da habilitação de RP na UFMG.

O RPalavreando, da Profa. Carolina Terra, de São Paulo, e o Rede RP, da Relações Públicas Telma Ito, divulgaram nosso blog em seus posts. Já o ComunicaRP, além do apoio, vem divulgando periodicamente as novidades sobre a campanha.

Cada um está fazendo sua parte. Faça você também, participe da campanha!

RP na UFMG: eu digo SIM!

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Profa. Dra. Margarida Kunsch apóia a campanha





A Profa. Dra. Margarida Kunsch (ver currículo Lattes), uma das mais importantes profissionais de Relações Públicas do Brasil, esteve presente no "Seminário Cândido Teobaldo", promovido pela PUC-Minas em Belo Horizonte nesta quinta-feira, dia 26 de abril. Na ocasião ela expressou publicamente o seu apoio à manutenção da habilitação de RP na UFMG e afirmou que buscará expressá-lo também por meio da Abrapcorp (Associação Brasileira de Pesquisadores em Comunicação Organizacional e Relações Públicas), em São Paulo.

Durante o seminário, alunos da UFMG com a camiseta da campanha distribuíram a todos os presentes o manifesto pela manutenção do curso. Membros do Conrerp 3ª Região e do Horizonte RP também estiveram lá reforçando seu apoio à campanha.

Apóie e contribua você também para a campanha: Faça a sua parte!

Sites do Conrerp, Horizonte RP e Campanha Nacional dão seu apoio

O Conrerp 3ª Região, o grupo Horizonte RP e a Campanha Nacional de Valorização da profissão de RP também estão apoiando e divulgando a campanha pela manutenção da habilitação de Relações Públicas na UFMG.

Conrerp 3ª Região: www.conrerpmg.org.br
Grupo Horizonte RP: www.horizonterp.com.br
Campanha Nacional de Valorização da profissão de RP: http://www.rp-bahia.com.br/campanha/ufmg.htm

terça-feira, 24 de abril de 2007

RP na UFMG: eu digo Sim

Pela manutenção da habilitação de Relações Públicas no curso de Comunicação Social da UFMG

Em agosto de 2006, foi constituída uma comissão integrada por três professores e uma discente para avaliar a formação em comunicação social na UFMG. Tal comissão produziu um relatório apontando mudanças na estrutura do curso, entre elas a suspensão das habilitações Relações Públicas e Rádio e TV.
Um dos principais argumentos indicados no documento seria a baixa procura destas habilitações pelos alunos (Publicidade e Jornalismo concentravam 80% dos estudantes matriculados, enquanto RTV e RP correspondiam a menos de 10% do total de alunos, cada uma) e o caráter restritivo que a formação em habilitações específicas, com um conjunto de competências e habilidades definidas, teria.
O documento apresentava a proposta de transformação das habilitações em ênfases: produção da notícia; criação em comunicação; comunicação nas organizações e estudos comunicacionais. Neste novo contexto, apenas os diplomas de Jornalismo e Publicidade seriam ofertados.
Tal comissão não considera, no entanto, que a profissão de Relações Públicas é regulamentada por Autarquias federais, sendo impossível exerce-la sem diploma; e que a UFMG representa o único curso de RP em Minas Gerais oferecido numa universidade pública (inclusive, muitos dos ex-alunos que aqui se formam são professores em outras instituições).
Por isso, acreditamos que excluir a habilitação de RP da UFMG é excluir o compromisso público dessa universidade e negligenciar o direito dos alunos de se formarem em Relações Públicas. Ignorar tudo isso é ignorar o papel dessa universidade na sociedade; é fazer coro a uma lógica quantitativa e não a uma lógica de resistência, de oferecimento de um conhecimento importante publicamente; ignorar a habilitação de Relações Públicas é também não ouvir os profissionais que aqui se formaram, bem como não se levar em conta suas carreiras e suas contribuições que oferecem à sociedade.
O projeto de suspensão das habilitações tramita agora na pró-reitoria de graduação, onde será apreciado e aprovado ou não por membros da câmara de graduação da UFMG. Neste momento é imprescindível unir forças pela manutenção das habilitações. Vários profissionais da área já mandaram email para a pró-grad se manifestando e o pró-reitor de graduação, Mauro Braga, garantiu que a votação do projeto só acontecerá após reunião com o presidente do Conselho Regional de Relações Públicas, marcada para o dia 8 de maio, às 15h30.
Em email enviado ao Conrerp, Mauro Braga revelou que o reitor Ronaldo Pena tentou, várias vezes, entrar em contato com o coordenador do curso de Comunicação Social, Bruno Souza Leal, para acompanhar a situação do curso, mas não obteve resposta. Isto significa que há interesse da reitoria pelo curso e sua melhoria e, acreditamos que com o apoio de professores engajados, do Conrerp e outras entidades da área (como o Horizonte RP) e dos alunos, podemos construir um curso melhor que apresente contribuições relevantes à sociedade.

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Reunião entre Conrerp 3ª região e Pró-Reitoria de Graduação

O presidente do Conrerp 3ª Região, Valdeci Ferreira, deve se reunir com o Pró-Reitor de Graduação, Prof. Dr. Mauro Mendes Braga, no próximo dia 8 de maio, às 15h30, no prédio da Reitoria da UFMG. Nesta reunião devem ser apresentados alguns posicionamentos discutidos com os alunos em reunião ocorrida nesta segunda-feira, bem como propostas para melhorias no curso a partir da visão do Conrerp e de outros grupos representativos.

Manifeste seu apoio!

Convocamos todos a enviar uma mensagem manifestando seu apoio à manutenção da habilitação de RP na UFMG aos responsáveis pelas decisões:

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
Prof. Mauro Mendes Braga
gab@prograd.ufmg.br

FAFICH
Diretor: Professor João Pinto Furtado
Telefone: 3499.5016 - Fax: 3499.5060
Av. Antônio Carlos, 6.627 - Campus Pampulha
31270-901
Belo Horizonte - MG
e-mail: dir@fafich.ufmg.br

CHEFIA DO DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
Professora Drª Rousiley Celi Moreira Maia
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Av. Antônio Carlos, 6627 - Campus Pampulha - Sala 4238 - 4° Andar
Secretaria do Departamento - dcs@fafich.ufmg.br - Tel. (31) 3499-5012
31270-901 - B. Horizonte/MG

COORDENADOR DO COLEGIADO
Professor Dr. Bruno Souza Leal
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Av. Antônio Carlos, 6627 - Campus Pampulha - Sala 1038-B- 1º Andar
Secretaria do Colegiado de Graduação - colcom@fafich.ufmg.br - Tel. (31) 3499-5043
31270-901 - B. Horizonte/MG

Aos ex-alunos de RP da UFMG:

Foi organizado um abaixo-assinado dos atuais alunos, do curso de comunicação, e um abaixo-assinado virtual dos ex-alunos da UFMG. No caso do abaixo-assinado virtual, funciona assim: o ex-aluno manda seu nome, ano em que formou e e-mail para o endereço direitoahabilitacaoderp@yahoo.com.br. Nós iremos organizar os nomes e imprimir os e-mails. Gostaríamos imensamente de pedir, caso você deseje, que contribua conosco para que a habilitação de RP não seja suspensa. Caso queira participar, encaminhe, no e-mail indicado, as informações acima.

Participe da comunidade no orkut

Se você está no Orkut, participe da nossa comunidade, onde também serão postadas as notícias a respeito da situação do curso e você poderá debater a questão com outros apoiadores.

Traga o seu posicionamento e dê força à campanha!

Acesse: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=31002049

domingo, 22 de abril de 2007

Mais apoios

Mais profissionais de outros estados estão manifestando seu apoio à manutenção da habilitação de Relações Públicas na UFMG.

Marcelo Gentil, profissional da Bahia e representante do Conselho Federal de Relações Públicas naquele estado, está divulgando a campanha em seu blog RP&Mais (http://rpemais.blig.ig.com.br/). A profissional de São Paulo Marcia Ceschini fez o mesmo no seu blog pessoal, "Oras, Blog!" (http://orasblog.zip.net/)

O profissional gaúcho Rodrigo Cogo também contribuiu colocando a logomarca da campanha na página de entrada do seu site, "Mundo das Relações Públicas" (www.mundorp.com.br), além de escrever uma carta à Pró-Reitoria de Graduação, já divulgada aqui.

A manutenção da habilitação vem ganhando apoio. Vamos juntos buscar esse caminho!

Reunião com o Conrerp 3ª Região

Nesta segunda-feira, dia 23 de abril, às 11h30, o presidente do Conselho Regional de Relações Públicas (Conrerp) da 3ª Região, Valdeci Ferreira, estará presente na FAFICH (Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas), para uma reunião com os alunos do curso de Comunicação Social a respeito da suspensão da habilitação de Relações Públicas.

O presidente também já entrou em contato com a Pró-Reitoria de Graduação da UFMG e aguarda reunião para dialogar sobre a situação da habilitação de Relações Públicas na Universidade.

Portal Mundo RP

Ao Ilmo.Sr.
Dr. Mauro Mendes Braga
Pró-Reitor de Graduação
UFMG
Belo Horizonte - MG

Prezado Senhor:

Envolvido por conta da categoria profissional que escolhi, além de muito sensibilizado com anotícia de fechamento da Habilitação de Relações Públicas na carreira de Comunicação Social, até então ainda oferecida por esta Universidade no estado de Minas Gerais, venho manifestar minha preocupação frente à possibilidade efetiva deocorrência deste ato, abertamente lesivo à toda a comunidade.

É preciso registrar e repudiar uma tendência mercantilista que envolve o ensino superior brasileiro, inteiramente tomado de instituições privadas em que a lógica maior infelizmente parece não estar centrada na qualidade, importância e diversidade da oferta de ensino, mas em oportunidades de geração de renda. Como egresso da Universidade Federal de SantaMaria/RS, sou completamente sabedor da relevância social do ensino público e gratuito, aí então estendido a maior variedade possível de setores do conhecimento com a mesma ênfase. Mais ainda, quando a instituição é a única em território mineiro a dispor desta habilidade de RP sem exigir pesadas mensalidades para a graduação dos interessados.

Quaisquer argumentos relativos à eventual baixa procura nos concursos vestibulares ou na seleção interna posterior para esta profissão são impróprios no caso em análise, no sentido de que cabe exatamente às universidades públicas, federais ou estaduais, a manutenção das estruturas institucionais de áreas que, embora não rentáveis, são fundamentais à manutenção de um estado democrático e no caminho da justiça social, como o caso das próprias licenciaturas(Matemática, Geografia, História, Línguas), cursos de artes (Música, Teatro e afins) e, se preciso for incluir, do curso de Relações Públicas.

Mais do que isto, e pedindo antecipadamente desculpas se eu estiver mal informado quanto a encaminhamentos porventura feitos, é indispensável a mais ampla abertura de diálogo com a sociedade, que é de fato afetada de maneiradireta com uma decisão do gênero, não permitindoque se trate de uma decisão de notáveis em gabinetes de votos dissociados da realidade e da demanda local, regional e interestadual.

Posso assegurar-lhe que a consternação frente a este caso é grande em todo o país, e junto com isto está em processo a própria idoneidade da atual Reitoria da UFMG, como gestores públicos da educação nacional.

Permanecerei atento ao desenrolar das discussões, desejando serenidade e responsabilidade no finalizar desta idéia, a meu ver despropositada.

Atenciosamente,

RP Rodrigo Cogo - Conrerp RS/SC 1509
Portal Mundo das Relações Públicas
www.mundorp.com.br

Profissionais de São Paulo

A mensagem abaixo foi enviada por Milene Gonçalves, profissional de São Paulo que faz parte do grupo MetRóPole, criado para buscar a valorização e reconhecimento da profissão de Relações Públicas no estado de SP.
Prezado Dr. Mauro,

Tenho acompanhado as alfições de meus pares aí em Minas, por conta da decisão da Universidade em não oferecer mais vagas para o curso de Relações Públicas a partir de 2008.
Se a demanda pelo curso cresce de forma mensurável, é uma habilitação regulamentada, nossos conselhos estão atuando agora como em nenhum outro momento, desde a regulamentação da nossa profissão. Estamos unidos de uma forma que acredito o senhor não sabe. Em diversos Estados do Brasil já existem muitos profissionais e estudantes mobilizados em prol da nossa profissão e do mercado onde atuamos.
Ganhamos em volume e disposição cada dia mais adeptos a nossa causa, vemos todo o tempo inúmeros colegas jornalistas saindo de seus cursos e indo especializar-se em Relações Públicas, porque descobrem depois de formados que queriam trabalhar nos bastidores da comunicação, na adminstração da mesma, na construção de canais onde a comunicação serve de ponte e alicerce para filosofias e políticas baseadas na ética, no bem comum, no progresso consciente, no ganho responsável.
Somos nós os Relações Públicas com nossa visão global da comunicação e nossas técnicas abrangentes e de integração na maneira de tratar os canais da comunicação, que conseguimos moldar a personalidade corporativa humanizando-a. Pergunto-me porque????
Dr. Mauro apelo ao bom senso do senhor e de todos os outros membros que compoe a diretoria da Universidade, para que recuem nessa decisão.
O curso de Relações Públicas não só deve ser mantido, como deve ser estimulado, propagado, existe hoje um grupo grande de estudantes e profissionais ai em Minas engajados na manutenção e promoção da nossa profissão.
Se o problema em questão é números, quantidade de alunos para cursar a grade, convoque esse pessoal que estou lhe falando, convide o conselho regional da região para levar esse pessoal até sua Universidade, eles podem fazer palestras para divulgação e promoção da nossa área.
Podem ajudar a Universidade a criar mecanismos que vão tornar o curso mais convidativo, interessante.
Acredite se vcs fecharem esse curso, não estarão perdendo meia dúzia de gatos pingados, mas sim meia dúzia, ou várias dúzias de talentos que podem mudar a face empresarial desse país.
Conto com sua compreensão e ficarei no aguardo de notícias mais promissoras.

Um forte abraço,

Milene Gonçalves.
Relações Públicas.

"Para conquistar a opinião pública, Relações Públicas."
http://br.groups.yahoo.com/group/rpsp
Milene Gonçalves
Conrerp 3026 2ª região SP/PR
MSN milenga_1@hotmail.com Skype milenga
(11) 3462 1028 (11) 8225 7368
http://www.galaxiaprojcom.blogspot.com/
http://www.folhasmarcadas.blogspot.com/

Posicionamento - Grupo Horizonte RP


Ao Ilmo. Sr.
Dr. Mauro Mendes Braga
Pró-Reitor de Graduação da UFMG
Belo Horizonte, 19 de abril de 2007.
Prezado Senhor,
Como coordenador do grupo Horizonte RP, envio esta mensagem para manifestar nosso apoio à continuidade da habilitação de Relações Públicas no curso de Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais.
Acreditamos que uma Universidade Pública tem entre suas responsabilidades a permissão do acesso amplo da comunidade às diversas áreas do conhecimento. A extinção da habilitação, na única instituição pública do estado que a oferece, seria uma perda para o meio acadêmico, profissional e a sociedade em geral.
É possível que a partir da discussão ampla e do diálogo com todos os interessados sejam encontradas e acordadas soluções de médio e longo prazo para a situação que trouxe o curso até este ponto. Não estamos de acordo com os argumentos apresentados como justificativa para a extinção de habilitações. Sabemos que não houve abertura, em momentos anteriores, para que diversos indivíduos e grupos – inclusive as entidades representativas da profissão – pudessem contribuir de alguma forma para solucionar os problemas, e contamos com a contribuição de V. Sra. para que esta situação possa vir a se modificar.
Não entendemos que critérios como a baixa procura pela habilitação, ou o julgamento de um grupo sobre o valor do diploma no mercado, devam ter tanto peso nesta instituição, em uma decisão para a qual caberiam muitos outros fatores. Sendo a UFMG uma universidade pública, acreditamos que a sua administração deva passar pela escuta de todos os interessados na sociedade, especialmente quando estes tendem a se manifestar como vem ocorrendo neste caso.
O nosso grupo, o Horizonte RP, é composto por profissionais e estudantes mineiros de Relações Públicas, que desde o ano passado trabalham voluntariamente para divulgar informações e promover o crescente reconhecimento desta profissão em Minas Gerais.
Como ex-aluno da UFMG, tenho orgulho em poder dizer que o trabalho do Horizonte RP, que vem obtendo bons resultados, é baseado em conhecimento prático e teórico produzido dentro desta universidade, no curso de Relações Públicas, por seus professores e alunos. A metodologia de Comunicação para Mobilização Social que utilizamos foi elaborada em um projeto de graduação em Relações Públicas de três alunos, orientados pelo Prof. Márcio Simeone. Da mesma forma, muito conhecimento é produzido dentro da UFMG a cada dia, nesta e nas outras habilitações, tendo resultados práticos e possibilitando a intervenção direta na realidade, tanto pelos seus aspectos técnicos quanto pelos teóricos.
A habilitação tem um histórico importante em programas como o Pólo da UFMG no Vale do Jequitinhonha ou o Programa Pólos de Cidadania, onde alunos e professores fazem valer a função social da universidade pública. O contato com a prática profissional é aliado ao pensamento teórico e crítico, numa perspectiva muito mais ampla do que a nova proposta de formatação do curso faz parecer: apenas uma complementação de conhecimento a outras habilitações.
É conhecendo esta realidade que acreditamos ser possível encontrar soluções que mantenham e fortaleçam a habilitação de Relações Públicas e o curso como um todo. Se houver esforços conjuntos de todos os envolvidos com o mesmo objetivo, a UFMG certamente poderá evitar a interrupção de toda a contribuição que vem dando à sociedade ao longo dos anos.
Colocamo-nos à disposição a qualquer momento para conversar e contribuir para um processo de mudança bene´fico aos profissionais e futuros profissionais de Relações Públicas.
Atenciosamente,
Pedro Souza Pinto
Relações Públicas - Conrerp 3ª PR-09/2005
Coordenador - grupo Horizonte RP
http://www.horizonterp.com/

Faça sua parte


Ajude a dar visibilidade à campanha.

Baixe a logo (acima) e coloque-a como sua imagem de exibição do MSN, orkut e outros programas possíveis.
Se você tem um blog ou site e apóia a idéia, divulgue-a também!

sábado, 21 de abril de 2007



Manifesto sobre a Habilitação de Relações Públicas:

Um direito dos alunos da UFMG

Nós, alunos do curso de comunicação social, sabemos das discussões que foram levantadas, especialmente no ano passado, com relação à suspensão das habilitações de Relações Públicas e RTV, bem como da constituição de uma reformulação profissional do curso de Comunicação Social da UFMG.

Em agosto de 2006, foi constituída uma Comissão de Avaliação da Formação Profissional do Curso de Comunicação Social, formada pelos professores Dr. Bruno Souza Leal, Dr. César Guimarães, Dra. Rousiley Maia, bem como pela representante discente Lívia Furtado. Para indicar a decisão de suspender a habilitação de Relações Públicas, a comissão levantou os seguintes elementos balizadores:

- Os desafios do ensino da comunicação no Brasil: levantou-se aqui a necessidade de buscar a universidade pública como local diferenciado, de resistência, estímulo e criatividade; como produtora de conhecimento e não apenas como local imediatista de formação mercadológica; segundo a comissão, os cursos de comunicação, historicamente, privilegiam uma visão instrumental da formação profissional, em parte resultante do mesmo processo que fez constituir o sistema midiático brasileiro;

- A transformação das habilitações em cursos autônomos representa um processo restrito de formação “pois, ao tentar abarcar um conjunto de competências e habilidades definidas estritamente pela habilitação, converge para uma visão demasiadamente técnica do trabalho e para um perfil circunscrito do profissional”, tendo a Pós-graduação uma proposta de transcender as habilitações tradicionais, a partir de um conhecimento mais amplo, amparado em abordagens teóricas;

- Desde 2004, dados indicavam a procura por duas habilitações principais (PP/Jornalismo), que responderiam por mais de 80% dos formandos e duas subsidiárias (RP/RTV) com menos de 10% dos formandos, cada uma;

- As habilitações deixam de ser o principal identificador dos alunos, constituindo-se de fato num diploma apreciado pelo seu valor de mercado e não como espelho de uma formação. A eleição de duas habilitações principais (jornalismo e publicidade e propaganda), nesse sentido, seria coerente com o valor e o prestígio dos diplomas e com a maior identificação das áreas de atuação dos profissionais. Além disso, presenciava-se um número reduzido de atividades em RP e RTV, dentro do conjunto maior das habilitações;

- Junto à extinção das habilitações de RP e RTV, segue ainda uma proposta de constituição do curso em quatro ênfases da formação em Comunicação, que marcariam a identidade profissional dos alunos, a oferta das atividades e a inserção dos docentes, a saber:

· Produção da notícia: a construção da informação jornalística, a pesquisa e a reportagem; a noticiabilidade conforme públicos e veículos; a pesquisa jornalística e suas variações conforme mídias e veículos; as implicações éticas e epistemológicas do processo jornalístico de construção da realidade; as relações entre processo jornalístico, vida social, mídias e linguagens;

· Criação em Comunicação: a produção de imagens gráficas, eletrônicas e digitais com fins mercadológicos e artísticos; técnicas e processos de produção em mídia impressa e web. As articulações entre imagens e outras linguagens e o processo de composição textual. As dimensões estéticas e informativas das linguagens gráficas e digitais. As relações entre imagem e vida social: sociabilidade, política e de identidade;

· Comunicação nas organizações: o processo comunicacional como recurso estratégico de organizações comerciais e sem fins lucrativos. O planejamento da comunicação: processos, instrumentos, implicações. Ações de comunicação considerando a segmentação de públicos: a mobilização social.

· Estudos comunicacionais: compreensão do processo comunicacional, tendo em vista seus aspectos epistemológicos, Comunicação: a sociais e de linguagens. As mídias: suas especificidades e as relações com a vida social. Procedimentos de análise de situações e produtos de comunicação: processos, instrumentos, implicações. Estudos de casos peculiares e significativos à vida contemporânea.

Especialmente com relação à habilitação de Relações Públicas, gostaríamos de levantar algumas ponderações que, a nosso ver, são de fundamental importância, tanto em relação a alguns aspectos problemáticos desse relatório, quanto com relação ao curso de Relações Públicas da UFMG:

1) A necessidade de formação humanística versus o desafio de uma ciência social aplicada:

Os cursos de comunicação social, de maneira geral, inscrevem-se no campo das ciências sociais e humanas, recebendo referencial teórico e humanístico na condução de suas práticas, no entendimento da comunicação social e mediatizada nas sociedades contemporâneas, bem como no entendimento da comunicação como um processo social e lingüístico mais amplo; contudo, a comunicação social se imbui de desafios de uma ciência social aplicada: sua formação pressupõe também um conhecimento técnico dos processos, um conhecimento específico de determinadas práticas. Tal questão, mais do que uma questão mercadológica, representa uma questão social: a comunicação, a partir de processos e técnicas, encontra-se a serviço de uma sociedade, e é papel também da universidade pública oferecer o aprendizado dessas técnicas. Esse representa um argumento equivocado para que a habilitação de Relações Públicas seja suspensa: partindo desse pressuposto, todas as habilitações apresentam um instrumental técnico que, a partir desse argumento, deveriam ser também suspensas. Um outro fato é que a lógica de habilitações não é excluída das diretrizes do Mec para os cursos de comunicação; de fato, preconiza-se a existência de ênfases de formação; contudo, tais ênfases devem estar conjugadas com as habilitações em questão.

2) As habilitações verus uma lógica holística

Como apontado no relatório, o entendimento da comunicação a partir de habilitações apresenta um entendimento redutor da comunicação; realmente isso é fato: o profissional que se forma e se especializa apenas numa área de formação específica deixa de apreender o todo do processo comunicativo; contudo, se a lógica de habilitações não deve ser seguida, a partir desse argumento, porque manter as habilitações de jornalismo e publicidade, já que, em alguma medida, elas acabam “taxando” o profissional formado, e incluindo-o num determinado conjunto de expectativas com relação a sua formação? Por que, portanto, não suspender todas as habilitações e propor um novo lugar de resistência e inovação da universidade pública? No item e (acima relatado), quando se propõe que as habilitações deixam de ser o principal identificador dos alunos, porque escolher duas habilitações, portanto, se a lógica que as rege é a mesma que pede a suspensão de Relações Públicas?

3)A crítica a uma lógica mercadológica versus argumento de procura

No início do relatório, tal comissão apresentou dura crítica a uma formação mercadológica, e que a universidade pública deve ser o lugar do estímulo, da criação, da resistência. Contudo, há também aqui um grande equívoco quando um dos argumentos principais é levantado para a extinção da habilitação de Relações Públicas: a baixa procura pelos alunos. Ora, será que uma universidade pública se mantêm por uma lógica de procura, mas por uma lógica de oferecer uma determinada formação relevante? Será que a baixa procura é dado suficiente para a suspensão do curso de Relações Públicas? Será que este fato não representa apenas uma questão conjuntural? Será que aqueles que se formaram em Relações Públicas na UFMG não oferecem contribuições relevantes à sociedade?

4) As ênfases de formação: o mesmo conteúdo das Relações Públicas

Na proposição das ênfases de formação, uma delas, “A comunicação das organizações” passa a contemplar os conteúdos da habilitação de Relações Públicas. Se o conteúdo será o mesmo, por que se suspender tal habilitação? A questão principal de tudo isso é que tal suspensão nega um direito que os alunos da UFMG sempre tiveram, desde que o curso, em 1975, foi dividido em habilitações: optar pela habilitação de Relações Públicas. E tal questão, apresenta uma série de implicações.

A habilitação de Relações Públicas é regulamentada e, dentre as habilitações da comunicação, é a única que possui um Conselho: o Conselho dos Profissionais de Relações Públicas. Uma das funções deste conselho é regulamentar e fiscalizar a profissão de Relações Públicas. Isso significa dizer que um profissional, para executar as funções de comunicação estratégica e comunicação nas organizações, deve ser formado na habilitação de Relações Públicas. Tal questão vale tanto para a participação em concursos públicos, quanto para o trabalho em empresas privadas e em organizações do terceiro setor. Será que a extinção dessa habilitação e a continuidade do mesmo corpo de conhecimentos não representa uma negação ao direito dos alunos de terem a oportunidade de se formar em tal habilitação? Dito de outra maneira, será que essa proposta não acaba negligenciando um direito dos alunos de se formarem na habilitação de Relações Públicas e poderem exercer, profissionalmente ou mesmo academicamente (os professores de Relações Públicas também são fiscalizados pelo Conselho) este campo de práticas e conhecimentos? Assim, propor uma visão generalista de formação é uma questão correta, mas porque retirar o direito dos alunos de se formarem numa habilitação que hoje é reconhecida e que é investida de regulamentação?

5) A imbricação de três discussões: a formação, as habilitações, a conjuntura do curso da UFMG desde 2004

A partir de todas essas questões levantadas no relatório proposto, é possível observar três discussões que parecem se imbricar, e que todas elas dão por solução a suspensão das habilitações de Relações Públicas e Rádio e TV: uma questão da formação; uma questão de habilitação; uma questão da conjuntura da habilitação de RP desde 2004.

Uma formação restrita por habilitação é questão clara, e inteligível. Ou seja, a formação de qualquer profissional deve ser ampla. Contudo, a solução de tudo isso passa por investimentos no currículo, no curso e na formação dos professores. Será que a suspensão de uma habilitação resolve o problema da formação do aluno de comunicação social? Neste caso, tal suspensão, além de poder não resolver, como vimos, acaba por retirar um direito dos alunos de se formarem numa habilitação reconhecida pela sociedade e por uma autarquia federal. Negligenciar o direito do aluno cursar Relações Públicas certamente é negligenciar uma realidade que os alunos enfrentarão, após se formarem, e só o conhecimento da Comunicação das Organizações não é suficiente: é preciso a titulação. Será mesmo que uma universidade pública deve estar alheia a isso? Nesse sentido, há uma certa confusão apresentada no relatório, e é possível perceber que se questiona muito mais uma questão de formação dos alunos do que uma questão da pertinência da habilitação.

Uma outra questão é a própria conjuntura da habilitação de Relações Públicas da UFMG. A habilitação conta, oficialmente, com três professores efetivos; contudo, um, desde 2004, encontrava-se em licença para doutoramento e retornou agora, em 2007; outra, aposentou-se entre 2001 e 2002 e uma outra se encontra de licença médica. O curso passou por uma série de problemas, e, sem professores substitutos suficientes, acabou por prejudicar a formação dos alunos, nestes três anos. Hoje, encontram-se trabalhando três professores substitutos para a área de Relações Públicas, além do professor efetivo, e, certamente isso traz outra configuração para a habilitação e para a formação dos alunos. Será que, portanto, suspender a habilitação de Relações Públicas não seria prematuro demais? Entender essa questão apenas como uma questão conjuntural, cuidar do concurso de um novo professor para a área e manter os substitutos, além de investimento em projetos, não seria mais correto, tendo em vista a história do curso e da formação dos alunos que, a partir dessa proposta, parece ser negligenciada?

6) Relações Públicas: mais que um conhecimento técnico

As Relações Públicas, mais que um conjunto de técnicas e práticas, apresenta-se como um campo de conhecimentos reconhecido no Brasil, inclusive como área de formação do CNPQ. Nesse sentido, excluir tal habilitação por se constituir como um corpo de conhecimentos técnicos – como argumentado no relatório – não seria inaplicável?

7) A estrutura e a produção da habilitação de Relações Públicas na UFMG

A habilitação de Relações Públicas na UFMG conta com a estrutura do Laboratório de Relações Públicas Plínio Carneiro (Larp) que congrega os projetos da área, além de contar com uma funcionária responsável dessa universidade, graduada em Relações Públicas. Ao longo de sua história, o Larp foi responsável por uma série de projetos, como consta em seu histórico. Além disso, no Larp, um projeto de extensão denominado Mobiliza – Comunicação para a Mobilização Social, representa um programa pioneiro no Brasil que insere, TEORICAMENTE, a questão da mobilização social como um problema de Relações Públicas. Por meio do MOBILIZA, foram publicados, pela Editora Autêntica, em 2004, 2005 e 2006 a coleção “Comunicação para a Mobilização Social”, sendo os livros: “Comunicação e Estratégias de Mobilização Social”, “Visões de Futuro: Responsabilidade Compartilhada e Mobilização Social” e “Entre o espetáculo, a festa e a argumentação: mídia, comunicação estratégica e mobilização social”, todos esses conhecimentos produzidos tendo como uma de suas referências os conhecimentos das Relações Públicas. Além disso, o Larp conta com projetos de conclusão de curso premiados em concursos nacionais da área, além de representar um espaço congregador para as discussões relativas à profissão. Também vale destacar que o Laboratório de Relações Públicas submeteu um projeto ao Programa Especial de Graduação – PEG – para levantar o perfil da habilitação de Relações Públicas, projeto este aprovado pela Prograd, que certamente contribuirá para uma melhor avaliação da habilitação. Será que não seria prematura uma decisão de suspender a habilitação antes do resultado deste PEG?

Ainda é possível ressaltar que a habilitação de Relações Públicas, ao contrário de outras habilitações, não apresenta grandes demandas de aparelhagem técnica para a formação dos alunos. São necessários um investimento teórico pesado, um entendimento dos processos comunicativos estratégicos, e uma prática comunicativa técnica (publicitária e jornalística) que pode ser, perfeitamente, compartilhada com as outras habilitações. Por que acabar, então, com a habilitação de Relações Públicas? Por que negligenciar esse direito dos alunos? Qual justificativa seria plausível?

8)Mais que uma questão de habilitação: uma questão de compromisso público

O curso de Relações Públicas da UFMG representa o único curso de Relações Públicas em Minas Gerais, oferecido numa universidade pública (inclusive, muitos dos ex-alunos que aqui se formam são professores em outras instituições). Excluir a habilitação de Relações Públicas da UFMG é excluir o compromisso público dessa universidade e negligenciar o direito dos alunos de se formar em Relações Públicas. Ignorar tudo isso é ignorar o papel dessa universidade na sociedade; é fazer coro a uma lógica quantitativa e não a uma lógica de resistência, de oferecimento de um conhecimento importante publicamente; ignorar a habilitação de Relações Públicas é também não ouvir os profissionais que aqui se formaram, bem como não se levar em conta suas carreiras e suas contribuições que oferecem à sociedade.

Por isso, rogamos, junto à comissão competente de decisão sobre a suspensão da oferta da habilitação de Relações Públicas para 2008, que considere nossos argumentos para a manutenção desta habilitação, para continuar garantindo nosso direito em ter a formação e a titulação em Relações Públicas, bem como o direito de nossa sociedade de continuar recebendo as contribuições que essa universidade pública tanto oferece.

Belo Horizonte, abril de 2007.

A campanha pela manutenção da habilitação de Relações Públicas na UFMG ganha cada dia mais adeptos. Para fortalecer o movimento, criamos uma logo, coisa simples, só para dar mais identidade a causa. Espero que gostem.

sexta-feira, 20 de abril de 2007

RP na UFMG: eu digo sim!

Este blog foi criado para ser um ponto de referência no movimento pela manutenção da habiltação de Relações Públicas na Universidade Federal de Minas Gerais.