Pela manutenção da habilitação de Relações Públicas no curso de Comunicação Social da UFMG
Em agosto de 2006, foi constituída uma comissão integrada por três professores e uma discente para avaliar a formação em comunicação social na UFMG. Tal comissão produziu um relatório apontando mudanças na estrutura do curso, entre elas a suspensão das habilitações Relações Públicas e Rádio e TV.
Um dos principais argumentos indicados no documento seria a baixa procura destas habilitações pelos alunos (Publicidade e Jornalismo concentravam 80% dos estudantes matriculados, enquanto RTV e RP correspondiam a menos de 10% do total de alunos, cada uma) e o caráter restritivo que a formação em habilitações específicas, com um conjunto de competências e habilidades definidas, teria.
O documento apresentava a proposta de transformação das habilitações em ênfases: produção da notícia; criação em comunicação; comunicação nas organizações e estudos comunicacionais. Neste novo contexto, apenas os diplomas de Jornalismo e Publicidade seriam ofertados.
Tal comissão não considera, no entanto, que a profissão de Relações Públicas é regulamentada por Autarquias federais, sendo impossível exerce-la sem diploma; e que a UFMG representa o único curso de RP em Minas Gerais oferecido numa universidade pública (inclusive, muitos dos ex-alunos que aqui se formam são professores em outras instituições).
Tal comissão não considera, no entanto, que a profissão de Relações Públicas é regulamentada por Autarquias federais, sendo impossível exerce-la sem diploma; e que a UFMG representa o único curso de RP em Minas Gerais oferecido numa universidade pública (inclusive, muitos dos ex-alunos que aqui se formam são professores em outras instituições).
Por isso, acreditamos que excluir a habilitação de RP da UFMG é excluir o compromisso público dessa universidade e negligenciar o direito dos alunos de se formarem em Relações Públicas. Ignorar tudo isso é ignorar o papel dessa universidade na sociedade; é fazer coro a uma lógica quantitativa e não a uma lógica de resistência, de oferecimento de um conhecimento importante publicamente; ignorar a habilitação de Relações Públicas é também não ouvir os profissionais que aqui se formaram, bem como não se levar em conta suas carreiras e suas contribuições que oferecem à sociedade.
O projeto de suspensão das habilitações tramita agora na pró-reitoria de graduação, onde será apreciado e aprovado ou não por membros da câmara de graduação da UFMG. Neste momento é imprescindível unir forças pela manutenção das habilitações. Vários profissionais da área já mandaram email para a pró-grad se manifestando e o pró-reitor de graduação, Mauro Braga, garantiu que a votação do projeto só acontecerá após reunião com o presidente do Conselho Regional de Relações Públicas, marcada para o dia 8 de maio, às 15h30.
Em email enviado ao Conrerp, Mauro Braga revelou que o reitor Ronaldo Pena tentou, várias vezes, entrar em contato com o coordenador do curso de Comunicação Social, Bruno Souza Leal, para acompanhar a situação do curso, mas não obteve resposta. Isto significa que há interesse da reitoria pelo curso e sua melhoria e, acreditamos que com o apoio de professores engajados, do Conrerp e outras entidades da área (como o Horizonte RP) e dos alunos, podemos construir um curso melhor que apresente contribuições relevantes à sociedade.
2 comentários:
Como aluna do curso de RP aqui no Rio de Janeiro, tenho muitas reclamações a fazer. Na minah cidade, apenas 3 faculdades oferecem essa habilitação, sendo 2 delas particulares. A UERJ é a única, e mesmo sendo um curso mais antigo que até mesmo Jornalismo, tem muito pouco reconhecimento. É muito triste ver que outras habilitações estão tomando nosso lugar e ver que somos tão desprestigiados. Com todo o respeito, o Conselho de RP parece não ser composto por RPs, já que não trabalha a imagem da classe. não há uma cultura que reconehça RP como uma profissão única e tão necessária. Pode parecer um exemplo banal, mas não existe em novelas um protagonista que seja relações públicas e bem-sucedido. O que falta é a informação. Enquanto não houver, smepre seremos diminuídos e trocados pr qualquer jornalista ou publicitário.
É triste ver que as relações públicas correm o risco de perder mais um espaço no Brasil. Isso pq relações públicas é uma das profissões mais bem remuneradas dos Estados Unidos, hein !!!!
Priscila, concordo com você quando diz que existe pouco reconhecimento do Brasil da nossa profissão. Nesse sentido, sugiro que você, junto a outros colegas, se mobilizem para traçar e executar estratégias que tenham esse objetivo: a valorização da atividade de Relações Públicas no Brasil.
Nós, estudantes e profissionais de Minas estamos dispostos a apoiar todo movimento com essa causa.
Espero que tenha sucesso!
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