A seguir, uma reportagem publicada hoje, 04/05/07 no jornal O Tempo (http://www.otempo.com.br/cidades/lerMateria/?idMateria=88190)
"UFMG deve suspender curso de RP
CAROLINA COUTINHO
Duas das quatro habilitações do curso de comunicação social da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) estão ameaçadas de serem suspensas nos próximos anos.
Relações públicas (RP) e rádio e TV (RTV) podem não constar mais na lista de opções dos candidatos ao vestibular 2008, o que desagrada alunos, professores e profissionais das áreas.
A iniciativa da suspensão partiu de uma comissão interna do colegiado do curso, que já aprovou a medida, e pela Congregação da Faculdade de Ciências Humanas (Fafich).
Os próximos passos do processo de definição passarão pela votação na Câmara de Graduação e no Concelho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da UFMG.
Atualmente, as duas atividades são escolhidas no sétimo período do curso de comunicação, que oferece também as habilitações em jornalismo e publicidade e propaganda.
O coordenador do curso de comunicação social e membro da comissão de suspensão, Bruno Leal, disse que há 20 anos percebe a baixa demanda por essas profissões.
Segundo ele, dos cem alunos que ingressam por ano no curso, 85 a 90 acabam escolhendo jornalismo ou publicidade. Outras justificativas são a impossibilidade de se sustentar com alta qualidade quatro habilitações num mesmo curso.
“Essas duas habilitações têm muitas deficiências e, por isso, não vale a pena dar continuidade a elas. Nas avaliações do MEC o curso sempre perde pontos em função dessas duas áreas”, afirmou Leal. O último argumento é em relação ao mercado de trabalho.
“Na década de 80 esperávamos uma grande necessidade desses profissionais, o que não se confirmou. A demanda não foi comprovada”, disse Leal, que explicou que a suspensão seria, num primeiro momento, de apenas quatro anos.
O estudante do oitavo período de comunicação social Bruno Castro, 23, escolheu se especializar em relações públicas.
Segundo ele, que é um dos organizadores da mobilização em favor da permanência das duas habilitações ameaçadas, a desvalorização desse profissional será grande no mercado de trabalho se a suspensão ocorrer.
O presidente do Conselho Regional de Relações Públicas (Conrerp), Valdeci Ferreira, apóia a mobilização e disse que já conta com apoio do conselho federal. “A extinção desses cursos seria um enfraquecimento da produção de conhecimento”, afirmou."
Relações públicas (RP) e rádio e TV (RTV) podem não constar mais na lista de opções dos candidatos ao vestibular 2008, o que desagrada alunos, professores e profissionais das áreas.
A iniciativa da suspensão partiu de uma comissão interna do colegiado do curso, que já aprovou a medida, e pela Congregação da Faculdade de Ciências Humanas (Fafich).
Os próximos passos do processo de definição passarão pela votação na Câmara de Graduação e no Concelho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da UFMG.
Atualmente, as duas atividades são escolhidas no sétimo período do curso de comunicação, que oferece também as habilitações em jornalismo e publicidade e propaganda.
O coordenador do curso de comunicação social e membro da comissão de suspensão, Bruno Leal, disse que há 20 anos percebe a baixa demanda por essas profissões.
Segundo ele, dos cem alunos que ingressam por ano no curso, 85 a 90 acabam escolhendo jornalismo ou publicidade. Outras justificativas são a impossibilidade de se sustentar com alta qualidade quatro habilitações num mesmo curso.
“Essas duas habilitações têm muitas deficiências e, por isso, não vale a pena dar continuidade a elas. Nas avaliações do MEC o curso sempre perde pontos em função dessas duas áreas”, afirmou Leal. O último argumento é em relação ao mercado de trabalho.
“Na década de 80 esperávamos uma grande necessidade desses profissionais, o que não se confirmou. A demanda não foi comprovada”, disse Leal, que explicou que a suspensão seria, num primeiro momento, de apenas quatro anos.
O estudante do oitavo período de comunicação social Bruno Castro, 23, escolheu se especializar em relações públicas.
Segundo ele, que é um dos organizadores da mobilização em favor da permanência das duas habilitações ameaçadas, a desvalorização desse profissional será grande no mercado de trabalho se a suspensão ocorrer.
O presidente do Conselho Regional de Relações Públicas (Conrerp), Valdeci Ferreira, apóia a mobilização e disse que já conta com apoio do conselho federal. “A extinção desses cursos seria um enfraquecimento da produção de conhecimento”, afirmou."
Comentário:
Lembramos que a baixa procura pelas duas habilitações no curso não é por simples demanda dos alunos. Quando o currículo foi flexibilizado, em 2000, permitindo a formação em duas habilitações, a procura pela habilitação de RP cresceu muito. Somente voltou a se tornar baixa após algum tempo porque os estudantes perceberam o baixo investimento nesta habilitação, que trouxe mais deficiências ao curso. A baixa procura deve ser vista como conseqüência, e não causa dos problemas do curso.
Além disso não concordamos que acabar com uma habilitação seja a solução para a deficiência, que não atinge só as duas habilitações. Acreditamos que antes de se tomar essa atitude seria importante um diálogo mais aberto com os grupos que podem ajudar - os estudantes, ex-alunos, profissionais e entidades que hoje se propõem a contribuir com o Colegiado e a Universidade para sanar os problemas da forma como for possível.
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