quinta-feira, 10 de maio de 2007

Reunião entre Conrerp e Prograd - mensagem do presidente do Conrerp

Prezados Colegas,

Em reunião entre o Conselho de Relações Públicas, representado por mim e pelo Conselheiro Efetivo Wallace Ischaber, e o Dr. Mauro, Pró-reitor da UFMG, no dia 8 de maio, ficou esclarecido o seguinte:

O Processo caminha para a votação, mas é previsto que aconteça no final de junho ou em agosto, após a apresentação do parecer do relator.

Dificilmente, segundo o Pró-reitor, a decisão será diferente do que a Comissão do Colegiado quer.
Precisamos de autoridades nessa área para que possamos conversar com mais conhecimento de causa.

Todos os e-mails de manifestação, cartas, cobertura de mídia, apoios de entidades e Ilustres profissionais estão sendo anexados por meio de protocolo ao Colegiado e ao Relator que analisa o processo e, segundo Dr. Mauro, tal Relator é uma pessoa de fora da Faculdade de Comunicação Social para garantir a lisura e legitimidade da análise.

Os alunos de Relações Públicas entregaram ao Dr. Mauro abaixo assinado com 260 nomes, que foi protocolado ao processo.

A posição da Pró-reitoria e da Reitoria, segundo Dr. Mauro, é de que não existe o desejo de extinguir o curso e tal situação não partiu dessa instância. Inclusive, Dr. Mauro afirmou que foi colocado pela Reitoria o apoio a processos que poderiam reverter o quadro de problemas.

A conversa foi focada em cima de três pontos principais:

Quantidade de Alunos que optam por Relações Públicas:

Apesar de ser das quatro a terceira mais procurada perdendo para Jornalismo em primeiro e Publicidade em segundo e ganhando de RTV apenas, essa diferença não é grande, e pela análise do próprio Pró-reitor não justificaria o argumento. Essa baixa procura apontada pela Comissão talvez seja pelo motivo de não se dar a devida importância à profissão de Relações Públicas nos primeiros períodos na disciplina de responsabilidade de Bruno Leal, Coordenador e membro da Comissão que deseja a extinção, segundo os próprios alunos de Relações Públicas.

Qualidade de ensino:

Outro ponto que foi tratado é a suposição de que a qualidade do ensino é ruim não dando base ao processo de conhecimento. Nesse ponto é de extrema importância que todos saibam que Relações Públicas na UFMG é um dos melhores cursos do país, pelo nível de formação de seus alunos, a demonstração de trabalhos em Fóruns, e a qualidade técnica dos Profissionais que estão registrados em nosso Conselho. Ainda foi apontado que existe uma falta de professores na área de Relações Públicas. Essa falta é pelo claro motivo de não quererem, a mesma comissão e Coordenação que buscam a extinção, que se contrate novos professores através de concurso ou substitutos. Inclusive, a avaliação ruim que o curso de Comunicação Social na UFMG obteve em anos anteriores foi em função da habilitação de Jornalismo e, assim mesmo, por motivos de boicote promovido pelos alunos da UFMG.

Conhecimento sobre a profissão pela Comissão:

O terceiro ponto diz respeito à falta de conhecimento sobre a profissão que a Coordenação e Comissão parecem ter em função de mercado, legislação e crescimento da atividade de Relações Públicas no País e no Mundo.


A forma como a Comissão propõe a reestruturação das disciplinas não dá ao profissional, formado em Comunicação Social na UFMG, o direito de atuação no mercado de trabalho, sobretudo no que diz respeito a concursos públicos na área de Relações Públicas, onde é exigido o registro nos Conselhos Regionais. Bom, com relação ao desconhecimento da lei, pessoalmente, acho que é pouco provável, uma vez que ela é notória e pensando mais claramente, é no desconhecimento nosso que a condição argumentativa dos que querem a extinção ganha força. Em entrevista ao Jornal o Tempo o Sr. Bruno Leal, Coordenador de Comunicação Social da UFMG, diz que existe uma baixa oferta de mercado ao profissional e que o curso não tem meios de melhorar. Novamente consideramos um absurdo as declarações dadas, uma vez que, dentro das habilitações, a que mais tem perspectiva de crescimento é a de Relações Públicas, em torno de 15% ao ano com aumento de salários em torno de 42% previsto entre 2000 a 2010 segundo Paulo Nassar, Presidente da ABERJ, publicado em coluna no Terra Magazine.

Dr. Mauro disse, em suma, que a UFMG é democrática em seus processos, não cabendo à Reitoria e Pró-reitoria, a decisão de manter ou não o Curso de Relações Públicas. O Movimento RP na UFMG deverá procurar a Direção da FAFICH, representada pelo Prof. João Pinto Furtado, para reunião e possível reavaliação do processo.

O Pró-reitor ainda elogiou nosso o Movimento por se tratar de um processo que reivindica objetivos legítimos e com alto grau de respeitabilidade.

Portanto, Nobres Colegas, mandemos e-mails, cartas comunicados ao Prof João Pinto Furtado para demonstrar nosso desejo de diálogo. O e-mail do professor é dir@fafich.ufmg.br.

Temos pouco ou nenhum tempo se não nos mobilizarmos desde já.

Att,

Valdeci Ferreira
Presidente CONRERP 3ª Região

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